Como driblar a falta de mão de obra qualificada
Já estamos na Indústria 4.0 e os gestores das empresas continuam correndo contra o tempo para encontrar mão de obra qualificada.
Vamos analisar friamente?
O índice de desemprego no Brasil caiu para cerca de 11% em 2022 (Fonte IBGE, 2022), o que é um fator surpreendente, levando em consideração que estamos saindo de um período pandêmico onde os níveis de desemprego atingiram números astronômicos pelo mundo todo.
Enquanto o cenário industrial migra para a velocidade, tecnologia, digitalização e processos cada vez mais automatizados que visam os menores prazos de entrega, o profissional perde espaço nas áreas operacionais, porém, ganham força nos setores que serão favorecidos pela transformação econômica gerada pelos investimentos e adoção da Indústria 4.0
Ou seja, as empresas conseguem cada vez mais replicar suas operações, as funções operacionais serão cada vez mais substituídas pela tecnologia e para os funcionários que ainda estão em atividade, os níveis de exigência quanto a qualificação e instrução técnica e hábil serão cada vez mais rigorosos.
Considerando que o salário da indústria brasileira não é o mais alto e os profissionais estão tendo cada vez mais gastos com necessidades básicas, como exigir de um profissional que o mesmo invista em formação técnica ou especializações?
O custo parte do funcionário ou parte da empresa? Contrata-se profissionais que estão sem atividade? Investe-se em educação corporativa?
As dúvidas sempre vão surgir quando o assunto é qualificação de mão de obra, que é visto como um problema crônico no Brasil e que se intensificou com a pandemia, já que tivemos um atraso na formatura de novos técnicos – períodos de até 8 meses, segundo Ricardo Aloysio, Gerente de Educação e Tecnologia da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg).
Mas uma questão percebida é que, com as demissões da pandemia, uma massa de profissionais altamente qualificada foi posta à rua e esses profissionais resolveram empreender. Não é à toa que mais 3,9 milhões de empreendedores formalizaram micro e pequenas empresas ou se registraram como microempreendedores individuais (MEI).
Qual a saída para driblar a falta de mão de obra qualificada? Educação.
Investir no aprimoramento do profissional, além de trazer uma melhoria na autoestima, traz também mais eficiência e produtividade. Reciclar um trabalhador que veste a camisa da empresa e dar a ela condições técnicas, além do suporte psicológico, faz com que o rendimento do seu trabalho aumente, a empresa consiga melhores produções, aumenta-se o potencial de entrega e visa-se uma considerável melhoria no faturamento.
Fato é, a sociedade está em constante transformação e a principal força motriz é a tecnologia. Evolui-se a tecnologia, necessita-se de novos aprendizados. E essa necessidade chega como a Educação 5.0.
Inserir tecnologia nos processos de aprendizagem traz uma interação não apenas saudável, como necessária. Enriquecer os funcionários de recursos tecnológicos traz ganhos para todos os lados.
A educação é disruptiva. A educação 5.0 é necessária.